quarta-feira, 30 de maio de 2012

Nefrologistas apontam 10 sinais de alerta da doença renal crónica

12/12/2011 - 13:20

A doença renal crónica é uma doença silenciosa e, por isso, muitas vezes detectada tardiamente, pelo que aprender a identificar os sinais de alerta é fundamental para evitar a sua progressão, alerta a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), em comunicado de imprensa.

“O diagnóstico precoce é essencial, pois frequentemente é possível controlar as causas da doença e impedir que se agrave. Contudo, alguns sintomas só são perceptíveis nas fases mais avançadas da doença renal e a possibilidade de recuperação torna-se diminuta”, refere Fernando Nolasco, presidente da SPN.

Um dos principais sinais de doença renal consiste na alteração na cor da urina, que se pode tornar mais turva e escura.


A hipertensão e a diabetes são responsáveis por mais de metade dos casos de insuficiência renal. Por isso, as pessoas que sofrem destas patologias estão em maior risco.

Outro dos sintomas comuns trata-se do inchaço à volta dos olhos, assim como das pernas. A dor lombar, frequente e que não aumenta com o movimento, é um sinal de alerta para a existência de um distúrbio ao nível renal.


Falta de força, fadiga, anemia (palidez anormal), náuseas e vómitos matinais, e até falta de ar podem ser sinais de que os rins não estão a funcionar correctamente. As pessoas com historial de familiares com doença renal também estão em risco.


A única forma de detectar a doença renal crónica em fases precoces é através da análise ao sangue, que avalia os valores da ureia e creatinina. As análises à urina permitem detectar substâncias anómalas e caracterizar o eventual tipo de lesão renal. Por último, a ecografia renal avalia o tamanho dos rins. Se forem mais pequenos que o normal, a doença é provavelmente crónica.


Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal.
Fonte:http://www.rcmpharma.com/actualidade/politica-de-saude/12-12-11/nefrologistas-apontam-10-sinais-de-alerta-da-doenca-renal-cro

Hospital de São João é referência internacional no tratamento da insuficiência renal

23/11/2011 - 09:48


O Serviço de Nefrologia do Hospital de São João (HSJ), no Porto, tem, actualmente, um dos maiores programas europeus de insuficientes renais crónicos em tratamento com Diálise em Casa (DC). São mais de 120 doentes em DC, um número bastante acima da média europeia e claramente superior ao inicialmente previsto no arranque do projecto, que apontava para 60 a 70 doentes, avança o hospital, em comunicado enviado ao RCM Pharma.

A Insuficiência Renal Crónica (IRC) é uma patologia que se caracteriza pela diminuição progressiva da função renal. As causas podem ser várias mas, geralmente, caracteriza-se por uma incapacidade dos rins de proceder à eliminação de certos resíduos produzidos pelo organismo, o que afecta o controlo da composição dos líquidos que constituem o interior do corpo humano. Assim que a função renal perde cerca de 80% da capacidade de funcionamento, deixa de ser possível viver sem um tratamento de substituição. Existem duas opções terapêuticas para a doença: Transplante de Rim (substituição de um órgão doente por um órgão são) e Diálise (substituição da função renal através de meios artificiais). Dentro da diálise, os profissionais de saúde e os doentes têm duas opções: fazer o tratamento em casa (DC) ou num hospital ou clínica privada (Hemodiálise – HD).

“A Hemodiálise e a Diálise em Casa têm exactamente a mesma eficácia terapêutica, no entanto, a segunda é claramente mais vantajosa para o doente e o Serviço Nacional de Saúde: não existe acesso vascular, o que diminui a probabilidade de infecções, o doente faz o tratamento na comodidade do lar e à hora que preferir, o que representa ganhos consideráveis em termos de qualidade de vida, e é muito mais económico para o Estado, uma vez que se poupa em solutos e transporte”, explica o Prof. Manuel Pestana, Director do Serviço de Nefrologia do HSJ.


O responsável do HSJ acredita que o caso de sucesso do seu serviço se deve à boa experiência partilhada entre os doentes e reforça a ideia de que a responsabilização do doente e o direito à opção informada é uma mais-valia na gestão da patologia.

Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de doentes com IRC e estima-se que mais de 16 mil portugueses necessitam de uma técnica de substituição da função renal condicionante da vida quotidiana. Apesar de ser uma terapêutica que permite uma maior autonomia e estabilidade na rotina diária dos doentes de IRC, a DC é ainda pouco utilizada em Portugal, não tendo a expressão da realidade europeia. De facto, e de acordo com dados de 2010, dos cerca de 10.800 doentes a fazer terapêutica de diálise, aproximadamente 10.150 realizam tratamento de Hemodiálise em centro (90% dos quais em Clínicas Privadas) e apenas 650 fazem Diálise em Casa.
Fonte:http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/23-11-11/hospital-de-sao-joao-e-referencia-internacional-no-tratamento-da-insufici

segunda-feira, 28 de maio de 2012

APENDICITE AGUDA

O que é?

Apendicite aguda é a inflamação do apêndice. O apêndice é uma estrutura vermiforme (em forma de verme) que sai da primeira porção do intestino grosso, de uma região denominada ceco. Tem comprimento variável, em torno de 10 centímetros, e localiza-se na parte inferior,do lado direito do abdome. O apêndice apresenta um canal em seu interior que se comunica com o intestino grosso, onde existem fezes semilíquidas. A apendicite é causada, habitualmente, por um pequeno bloco de fezes endurecidas (fecalito), que obstrui o apêndice ou por inflamação do tecido linfático que ricamente está presente nesta estrutura. A apendicite aguda é a causa mais frequente de dor abdominal aguda sendo tratada cirurgicamente como emergência e uso de antibióticos apropriados.


O que se sente?


A apendicite aguda, na sua forma típica, inicia com dor em torno do umbigo, acompanhada de náuseas e eventualmente vômitos. Horas depois, a dor localiza-se na parte inferior do lado direito do abdome, acompanhada por febre moderada e perda de apetite. A apendicite pode restringir-se ao órgão inflamado ou pode provocar sua ruptura. Quando isso acontece as defesas do organismo costumam bloquear a infecção em torno do apêndice originando um abscesso. Quando o organismo não bloqueia a infecção, o conteúdo da mesma espalha-se pelo abdome provocando um quadro grave de peritonite aguda. Nesta última circunstância haverá dor difusa intensa, febre alta e quadro tóxico grave, exigindo intervenção cirúrgica imediata e uso de antibióticos.


Apendicite aguda é uma doença que predomina na faixa etária de 15 aos 50 anos, mas pode ocorrer nos limites etários (crianças e idosos). Os sintomas descritos ocorrem numa situação típica, a mais habitual, mas é frequente que as manifestações da doença sejam bem diversas e que o diagnóstico possa se tornar difícil. Cabe sempre fazer diagnóstico diferencial, entre outros problemas, com cálculo urinário, outras doenças do intestino, cistos ovarianos e infecção pélvica na mulher.


Como se faz o diagnóstico?


O diagnóstico de apendicite é feito pelo médico através dos sintomas de achados obtidos em cuidadoso exame clínico e por exames complementares. Entre esses estão: hemograma, Rx simples de abdome, ecografia, tomografia computadorizada, laparoscopia e exame comum de urina. O hemograma, geralmente, apresenta aumento no número total de glóbulos brancos (leucócitos). O exame comum de urina, quando normal, exclui doença do sistema urinário como passagem de cálculos ou infecção.


O Rx simples de abdômen, além de ajudar a excluir outros diagnósticos, pode demonstrar um fecalito na região do apêndice, bem como sinais que o intestino parou momentaneamente de funcionar. A ecografia é um exame indolor, não invasivo, que pode demonstrar aumento de volume do apêndice e a presença de abscesso. O apêndice nem sempre é visível à ecografia; essa circunstância não exclui apendicite. Serve também para descartar a presença de outras doenças, particularmente problemas pélvicos em mulheres.


Tomografia computadorizada é indicada quando os sintomas não são típicos, para diferenciar apendicite de outras doenças abdominais. É também utilizada quando a ecografia abdominal é inconclusiva e para diferenciar outras afecções abdominais. Quando, apesar de toda a investigação clínica, laboratorial e de exames de imagem permanece dúvida, pode se indicar laparoscopia. Esta é feita através da introdução de uma microcâmera que transmite imagens ampliadas do abdome para um monitor de televisão. Com a laparoscopia pode-se ver o apêndice, diagnosticar sua inflamação e eventuais complicações ocorrentes e, ao mesmo tempo, retirar o apêndice doente e drenar abscesso secundário à apendicite, quando presente.


Como se trata?


Quando há suspeita firme do diagnóstico de apendicite aguda indica-se cirurgia, que é realizada sob anestesia geral. A operação é feita com incisão cirúrgica no abdômen inferior direito e retira-se o órgão enfermo. Ao haver também abscesso, faz-se drenagem. Atualmente, cada vez mais realiza-se a cirurgia por laparoscopia onde o procedimento operatório é o mesmo, com a diferença de que a incisão abdominal é bem menor.


A permanência hospitalar em apendicite aguda não complicada costuma ser curta, de um a três dias. Quando há abscesso a internação hospitalar será mais prolongada para administração de antibióticos endovenosos. Na eventualidade de peritonite difusa, felizmente rara, o tratamento será bem mais complexo, podendo haver risco de vida e permanência hospitalar bem mais prolongada, inclusive em Unidades de Tratamento Intensivo.
Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?31

Rinite infecciosa

Causas

A mucosa que reveste as fossas nasais apresenta alguns mecanismos que, em condições normais, são considerados suficientes para a defesa contra os microrganismos que penetram no nariz com o ar que inspiramos, pois os micróbios ficam retidos no muco que reveste as suas paredes, onde existem enzimas e anticorpos suficientes para desactivar os microrganismos. Além disso, os movimentos de varrimento dos cílios das células da mucosa nasal arrastam o muco para a faringe, de modo a que este seja deglutido e os microrganismos possam ser atacados na garganta ou pelos sucos digestivos.


Todavia, estes mecanismos de protecção nem sempre são eficazes, pois podem ser superados, por vários motivos: os microrganismos que penetram no nariz são muito abundantes; existe uma diminuição das defesas das fossas nasais, por exemplo, devido a uma inadequada exposição ao frio ambiental; o sistema imunitário não esteve previamente em contacto com os micróbios e, por isso, não desenvolveu os anticorpos específicos para os desactivar, como acontece especialmente nas crianças. Caso os microrganismos não encontrem oposição, estabelecem-se na mucosa nasal e infectam-na, provocando uma inflamação, até que o sistema imunitário reaja e possa resolver o problema. Existem inúmeros microrganismos que podem estar presentes no ar ambiental, sendo capazes de atacar a mucosa nasal. Normalmente, trata-se de um vírus, do qual existe uma ex-tensa variedade: a maioria provoca exclusivamente uma rinite aguda, ou seja, a típica constipação, enquanto que algumas apenas provocam uma inflamação da sucosa nasal como parte das suas manifestações. Em casos mais raros, a rinite pode ser, inicialmente, provocada por bactérias; por outro lado, é muito mais comum que uma infecção viral debilite ainda mais as defesas da mucosa nasal e favoreça uma sobreinfecção bacteriana.


Manifestações


A constipação, de origem viral, costuma apresentar-se de forma brusca e tem uma evolução curta, de poucos dias. É possível que, no início, se evidenciem alguns sintomas típicos, tais como mal-estar geral, sensação de cansaço, dor de cabeça e febre, pouco elevada nos adultos, mas por vezes muito alta nas crianças. Os sinais e sintomas próprios da inflamação nasal aparecem ao fim de algumas horas: em primeiro lugar, uma sensação de formigueiro no nariz e, por vezes, também na garganta, seguindo-se uma abundante secreção nasal, clara e fluida, acompanhada por uma característica obstrução nasal, que se for intensa pode dificultar a respiração, e também espirros. Normalmente, diminui o olfacto e o paladar, sendo frequentemente acompanhada por uma congestão dos olhos, lágrimas e rouquidão, a qual deriva de uma extensão da inflamação a garganta.


Todos estes sinais e sintomas persistem durante alguns dias, normalmente entre três a cinco, desaparecendo por completo ao fim de uma semana, a não ser que se desenvolva uma sobreinfecção bacteriana. Neste caso, a secreção nasal torna-se mais abundante e passa a ser espessa e amarelada ou até esverdeada. De qualquer forma, o problema acaba rapidamente por se resolver de forma espontânea e a rinite cura-se, no máximo, dez dias após o seu início.


Tratamento


Não existe nenhum tratamento eficaz para curar ou reduzir a evolução de uma rinite aguda de origem viral, pois apenas é possível utilizar alguns procedimentos ou medicamentos para atenuar os seus sintomas. De facto, só em caso de sobreinfecção bacteriana é que se deve administrar antibióticos, sempre segundo prescrição médica, já que estes medicamentos são ineficazes contra os vírus, os microrganismos responsáveis pelo problema na maioria dos casos. Como é óbvio, os antibióticos destinam-se apenas as ocasiões em que o médico detecta a existência de uma infecção bacteriana, sobretudo quando as secreções nasais são espessas e adoptam uma cor entre o amarelo e o esverdeado. Por outro lado, existem várias fórmulas para descongestionar a mucosa inflamada e aliviar a obstrução nasal, mas a escolhida deve ter em conta a idade do paciente. De facto, caso se trate de um adulto, pode-se utilizar medicamentos específicos como os anti-histamínicos, ingeridos por via oral, ou então recorrer-se a aplicação local de medicamentos vasoconstrictores através de vaporizadores nasais. No entanto, não convém utilizar estes produtos quando o paciente é uma criança, porque alguns deles podem produzir efeitos adversos. Também pode ser útil a administração de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos para combater os sintomas gerais.
Fonte:http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=176

sexta-feira, 18 de maio de 2012

INFECÇÕES URINÁRIAS

INTRODUÇÃO

As infecções urinárias estão dentro do grupo dos quatro tipos mais frequentes de infecções hospitalares[1], provavelmente pela frequência da necessidade de instrumentação do trato urinário tanto para diagnóstico quanto para drenagem de urina. A instrumentação vesical é o motivo de maior preocupação das equipes de Controle de Infecções Hospitalares no que se refere a infecções urinárias pois a falha na técnica correta poderá determinar o seu desenvolvimento. Dos três tipos de infecções urinárias[2] (linfáticas, hemática ou descendente e urógena ou ascendente) a ascendente, portanto é a de maior ênfase no que se refere a aspectos preventivos dentro do hospital. Por outro lado, a utilização de antibióticos interferindo no organismo como um todo e outros fármacos que podem ser irritantes à cavidade vesical podem ter importância no desenvolvimento das infecções urinárias hospitalares[3] [4]. Embora possam ter importância, às vezes até maiores que outros fatores[5], difícilmente estes fatores são avaliados de rotina por uma equipe de Controle de Infecções Hospitalares. A dificuldade está no fato de que a interferência destes e outros fatores é sistêmica e não direta como é o caso de cateterização vesical.


O diagnóstico destas infecções avalia tanto critérios subjetivos referidos pelos pacientes quanto critérios objetivos, como exames culturais e observação de depósitos urinários, por exemplo. Os critérios do CDC são sistemáticamente referidos e utilizados pelos pesquisadores sobre infecções hospitalares[6] [7] [8].


Com frequência é prescrita terapêutica com antibiótico, indicando que houve diagnóstico de uma infecção, ou o médico considerou que a suspeita era grande o suficiente que justificasse antibióticoterapia.


O trato urinário é , provávelmente, um dos sistemas que com maior frequência é tratado, sem que haja certeza do diagnóstico. A aquisição é mais simples de definir principalmente no caso de haver invasão do trato urinário através de cateteres ou patologias urinárias que levaram à cirurgias por exemplo [9][10]. No entanto, uma infecção desenvolvida no hospital, sem a instrumentação urinária, se desenvolveria igualmente em casa se o paciente não tivesse sido internado? Qual a interferência possível do SCIH nestes casos? Pacientes apresentando possível bacteriúria na internação, não realizados culturais por não terem sintomas podem desenvolver infecção posteriormente tanto no hospital como talvez a desenvolvessem em casa. Qual a importância epidemiológica destes casos? Qual a importância da contagem de colônias em pacientes mulheres enfatizada por Kunin[11] em nosso meio?


As considerações acima são algumas das quais tornam evidentes dois pontos principais:


1)que os critérios diagnósticos sejam definidos pela equipe de controle de infecção a fim de que na consolidação dos dados sejam evidenciados surots e/ou tendências;


2)que as medidas preventivas sejam estabelecidas com base no que existe bem embasado na literatura, para que no momento em que houver alteração nos níveis epidemiológicos sejam facilmente identificados pontos de atuação necessários.


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE INFECÇÕES URINÁRIAS


Quando considera-se que o paciente possui uma infecção urinária conforme os critérios mais utilizados?


De acordo com os critérios do Centers for Disease Control and Prevention[12]:


Infecções sintomáticas


paciente com urocultura positiva para 100.000 microorganismos por ml e apresenta pelo menos um dos seguintes sintomas:
a) febre;
b) disúria;
c) dor suprapúbica;
d) polaciúria;
e) urgência miccional.


paciente com dois dos seguintes sintomas:
a) febre;
b) disúria;
c) dor suprapúbica;
d) polaciúria;
e) urgência miccional, apresentando também um dos seguintes sinais:
f) teste positivo para estearase ou nitrito;
g) piúria (> ou = 10 leucócitos por campo);
h) exame direto de urina positivo (Gram);
i) duas culturas de urina com o mesmo microorganismo < ou = 100 microrganismos por ml;
j) uma cultura < 100.000 microrganismos por ml em paciente com antibioticoterapia;
k) diagnóstico médico; l) médico prescreveu antibioticoterapia.


Infecções assintomáticas


Paciente com cateter urinário 7 dias antes de cultura positiva, com 100.000 microorganismos por ml com não mais que dois microorganismos.


Paciente sem cateter por 7 dias antes da primeira de duas culturas com 100.000 microorganismos iguais.


Observação: A antibioticoterapia nem sempre é dependente do diagnóstico dentro dos critérios descritos. Em algumas situações cirúrgicas, por exemplo, envolvendo o sistema urinário, em que há dúvidas sobre o diagnóstico de infecção, o tratamento com antibiótico pode ser necessário para a segurança do paciente.


QUAIS CRITÉRIOS ADICIONAIS PODERIAM SER UTILIZADOS?


Uma cultura quantitativa de urina com um único patógeno em concentrações entre 1000 e 100000 ufc/ml em mulheres sintomáticas ou em todas assintomáticas com cateterização prévia [13].


QUAL A FREQUÊNCIA DAS INFECÇÕES URINÁRIAS NO HOSPITAL E NA COMUNIDADE?


As infecções urinárias figuram entre as de maior incidência de todas infecções hospitalares. Na comunidade são mais freqüentes em mulheres do que em homens e estão quase sempre associadas a predisposições genéticas. Os recém nascidos meninos são mais frequentemente afetados do que as meninas, provávelmente porque ainda têm a uretra curta. Esta situação se inverte na idade pré escolar e escolar afetando mais as meninas. A partir do início das relações sexuais da mulher há um aumento do risco pela fricção do ureter durante o ato sexual, aumentando a possibilidade da entrada de bactérias. As mulheres grávidas também tem uma maior predisposição do que outros grupos, sendo frequente a pielonefrite da gravidez. Outros fatores que aumentam a predisposição estão associados a idade ou problemas de ordem física como bexiga neurogênica e outros como “bexiga caída” que aumentam o volume residual da urina.


QUAL A DIFERENÇA ENTRE PIÚRIA E BACTERIÚRIA?


Piúria é a presença de leucócitos degenerados na urina e bacteriúria a presença de microorganismos na urina.


QUAL O NÚMERO DE BACTÉRIAS POR MILILITRO DE URINA PARA QUE SEJA CONSIDERADA UMA INFECÇÃO URINÁRIA?


De acordo com os estudos de Platt [14] e Kunin [15] 80% de todas as infecções urinárias apresentarão na cultura de urina a quantidade de 100.000 bactérias por ml o que representa grande auxílio no diagnóstico. No entanto, outros estudos de Stamm[16] [17] e col. e Kunin [18] identificaram uma contagem menor do que este número, até mesmo de 100 bactérias por ml em mulheres sintomáticas.


QUAIS OS FATORES PREDISPONENTES DE INFECÇÃO URINÁRIA?


Dentre os fatores predisponentes poderíamos citar obstrução, cálculos vesicais, refluxo vesico-uretral, alterações neurológocas, anomalias congênitas, diabete melito, gravidez, alterações imunológicas, cateterismo vesical.


QUAIS OS FATOS HISTÓRICOS RELACIONADOS À CATETERISMO VESICAL?


A primeira referência conhecida sobre invasão do trato urinário é da civilização egípcia do ano 3000 a 1440 A.C. Os gregos, romanos e chineses usavam tubos de cobre e laca para dificuldades na drenagem de urina. Nas ruínas de Pompéia, 79 D.C. foram encontrados vários modelos. Avicena, um cientista do século X idealizou uma sonda de couro animal. No século XIII foram elaborados cateteres de prata e seda trançada. Já no século XIX, os franceses idealizaram as sondas de Beniqué, Mercier, Nelaton, Guyon e Malecot [19].


QUAL A IMPORTÂNCIA DO CATETERISMO VESICAL E USO DE “CONDOMS” NO DESENVOLVIMENTO DAS INFECÇÕES URINÁRIAS?


No hospital estas infecções estão quase sempre associadas à cateterismo urinário, sendo que aproximadamente 10% dos pacientes hospitalizados têm necessidade de instrumentação do trato urinário. Uma vez que 40% de todas as infecções hospitalares serão urinárias o cateterismo deve ser evitado. A alternativa de utilizar condom em estudos mais antigos indicava que envolvia o mesmo risco de cateter de demora [20] . Recentemente foi discutida sua associação a maiores e menores taxas de infecção do que cateteres [10] sem uma conclusão definitiva. Há necessidade de estudos comparativos relativamente a duração dos diferentes métodos: cateterismo uretral, condoms, cateterismo intermitente, cateterização suprapúbica e perineais absorventes. A maior vantagem do uso de condom parece está associada a preservação da integridade do esfíncter. O sistema coloniza ao redor da uretra com microorganismos fecais. Deve ser evitado em pacientes agitados. Quando necessária a cateterização intermitente deve ser preferida.


Após uma única cateterização de alívio o risco varia de 1 a 5%. Com sistema de drenagem aberto 100% dos pacientes desenvolvem infecção urinária e com o sistema fechado apenas 25%. Os achados mais frequentes de indicação de cateter urinário são a retenção ou incontinência urinária. Mesmo com o sistema de drenagem fechado o trato urinário estará colonizado em dez dias. Muitos pacientes hospitalizados permanecem cateterizados por vários meses. Já no primeiro mês de cateterização estes pacientes desenvolverão bacteriúria [21] [10] A incidência de bacteriúria é de 3 a 10% por dia de cateterização [22].


QUE DIFERENÇAS DEVEM SER OBSERVADAS NOS PACIENTES COM DISPOSITIVO URINÁRIO EXTERNO ('CONDOM") RELATIVAMENTE AO USO DE CATETERES URINÁRIOS?


Quando utilizar o “condom”, o sitema de drenagem deverá ser trocado a cada troca de condom.


A convenção de troca 1 vez por dia, é justificada pela frequência do banho durante a hospitalização.


Utilizar sistema aberto juntamente com o “condom”, pois provavelmente não há custo-benefício em sistema fechado.


QUAIS OS FATORES QUE INTERFEREM NO APARECIMENTO DE INFECÇÕES URINÁRIAS ASSOCIADAS A CATETERES VESICAIS?


A duração da cateterização é um dos pontos mais amplamente discutidos, sendo que a taxa mais sensível do ponto de vista epidemiológica é número de infecções urinárias dividido pelo número total de dias de cateteres de todos os pacientes cateterizados. Esta taxa permite ajustar a taxa ao período de exposição ao risco considerado, o cateter.


O tipo de cateter está relacionado ao maior ou menor aprecimento de infecções. As sondas de látex formam mais encrustrações que as de PVC e estas mais do que as de silicone. Estas incrustrações predispõem à infeccção. Cateteres de materiais mais biocompatíveis como teflon, silicone e mais recentemente hidrogels devem ser preferidos a fim de evitar irritação da bexiga[11]. Embora não seja recomendada a troca dos cateteres a intervalos fixos, se o paciente apresenta depósitos muito evidentes, pode ser necessária a troca de todo o sistema. Muitas vezes as incrustrações podem ser causa do enrijecimento do balonete o que torna difícil a retirada da sonda.


A dimensão do cateter maior do que a apropriada para o paciente lesa os tecidos e favorece a colonização.


Quanto maior o balonete, maior a quantidade de urina residual que aumenta a probabilidade de infecções. Cateteres com balonetes maiores do que 10 ml devem ser reservados para situações com indicação específica como é o caso de algumas cirurgias ou mulheres com rompimento da musculatura pélvica. O balonete deve ser inflado com solução fisiológia ou água destilda estéril.


A localização e tamanho do orifício de drenagem deve ser considerado para a escolha do cateter. O orifíco na extremidade do cateter deve ser semelhante ao do canal de drenagem: sendo muito grande pode fragilizar o cateter e ser mais difícil a passagem além de funcionar como funil, deixando passar coágulos grandes causando obstrução; sendo muito pequeno há maior possibilidade de obstrução[11].


Se a ponta do cateter é muito longa pode ser mais um fator do trígono da bexiga. Se for muito curta o orifício pode ser obstruído pelo balonete. Cateteres com o orifício próximo da ponta são úteis na remoção de coágulos e fibrina. Cateteres com um orifício acima e outro abaixo do balonete diminui a quantidade de urina residual.


QUAIS AS POSSÍVEIS INDICAÇÕES PARA CATETERISMO VESICAL?


- Vencer uma retenção aguda ou crônica por obstrução anatômica ou fisiológica.


- Cuidado de paciente debilitado com incontinência.


- Drenagem pré-operatória complexa para facilitar cirurgia transuretral.


- Drenagem pós-operatória.


- Paralisia ou lesão medular.


- Irrigação terapêutica da bexiga.


- Medida do débito urinário e investigação urodinâmica ou diagnóstico.


- Administração de terapia citotóxica [23].


O QUE É O MÉTODO DE LAPIDES ?


O método de Lapides, ou técnica limpa é a alternativa para os pacientes que realizam a auto sondagem. É realizada uma autocaterização intermitente.


O método de Lapides consiste em lavagem das mãos e do meato uretral com água e sabão assim como do cateter uretral. Introduzir o cateter na na própria uretra de quem está se auto sondando e drenar a urina. Lavar a sonda com água e sabão, enxaguar bem e guardar na geladeira em recipiente limpo é uma alternativa econômica.Devem ser avaliada a possibilidade de que os pacientes que realizam autosondagem em casa a realizam quando hospitalizados, quando suas condições físicas o permitirem. Embora importante para o estímulo ao autocuidado, a autosondagem no hospital deve ser feita com maiores cuidados, já que há maior probabilidade de contato com microorganismos hospitalares. A enfermeira deve discutir com o paciente sobre a questão e avaliar as condições de autosondagem segura no hospital. No hospital cada cateterização deverá ser com cateter esterilizado.


QUAL O MATERIAL PARA REALIZAR O CATETERISMO INTERMITENTE? COMO É REALIZADO O PROCEDIMENTO?


O material empregado: cateter uretral plástico, látex ou materiais similares Para adultos, o calibre varia entre 12 ,14 ou 16. Para crianças, de acordo com a idade, varia entre 6, 8 e 10. Geléia anestésica pode ser utilizada para lubrificação. Procedimento:


Higiene: antes do procedimento, o paciente deve lavar as mãos e o meato urinário com sabão neutro. Não é necessária a utilização de antisséptico, luvas, ou qualquer material estéril.


Posição: escolher uma posição confortável. Para os homens a melhor posição é a sentada ou ortostática. Para as mulheres a posição pode ser sentada ou em pé. A mullher quando sentada deve fletir os joelhos e as coxas, mantendo os pés juntos, onde possa ser colocado um espelho.


Cateterização: introduzir lentamente o cateter na uretra até ocorrer a drenagem da urina. Retirar lentamente o cateter a fim de facilitar a drenagem o mais completamente possível.


Higiene do cateter: lavar o cateter externa e internamente com água e sabão neutro. Para a lavagem interna utilizar uma seringa de 10 ou 20 ml. Enxaguar e secar bem com um pano limpo.


Guarda do cateter: guardar na geladeira em recipiente limpo. Não deve ser estimulada a restrição hídrica. Manter uma ingesta de 2 litros em 24 horas, restringindo durante a noite para diminuir o volume residual. O cateterismo vesical é realizado quatro vezes ao dia após tentativa de micção e manobras de credê (quando não contra-indicado), Realizar com esta freqüência durante sete dias, a fim de avaliar o volume residual e determinar do número de cateterizações necessárias:


Se o volume residual é de até 100ml: nenhuma cateterização.


Se o volume residual é de 100 a 200ml: duas sondagens por dia.


Se o volume residual é de 200 a 300 ml: três sondagens por dia.


Se o volume residual é de 300 a 400 ml: quatro sondagens por dia.


Se o volume residual é de 400 ml: seis sondagens por dia.


QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS NA MANIPULAÇÃO DO CATETER URINÁRIO?


Algumas medidas têm sido recomendadas para prevenção destas infecções. Um dos pontos mais importantes é manipulação de sistema de drenagem por pessoas que conheçam a técnica correta. O cateterismo vesical é de responsabilidade do enfermeiro e do médico.


Na manipulação do sistema devem ser observados os seguintes ítens:


- lavagem de mãos antes e após a manipulação. Se houver possibilidade de contato direto com urina, utilizar luvas não esterilizadas para proteção e retirá-las logo após o procedimento. Se o contato direto ocorrer e não foi previsto, utilizar solução antisséptica após a lavagem de mãos com água e sabão e utilizar solução degermante.


- fixação da sonda adequadamente. Nas mulheres na parte interna da coxa nos homens no abdomem. Esta é uma indicação em que pode variar de acordo com o conforto e preferência do paciente.


- o sistema não deve ser desconectado a menos que haja necessidade de irrigação


- utilizar preferentemente sistema fechado de drenagem de urina.


- a irrigação é de decisão do enfermeiro ou médico que só deverá indicá-la em casos de obstrução ou se fizer parte da terapia.


- desinfecção da junção antes da desconexão (álcool iodado ou PVPI ou álcool).


- técnica asséptica para irrigação e material de uso único.


- manter a bolsa de drenagem sempre abaixo do nível da bexiga a fim de evitar refluxo de urina.


- esvaziar a bolsa regularmente sempre que estiver cheia. Não existe intervalo de tempo pré determinado para o esvasiamento da bolsa coletora.


- higiene meatal diária com água e sabão. Embora recomendado por alguns o uso de antissépticos ou cremes com antibióticos não está recomendado científicamente. Em alguns casos o uso de água oxigenada pode ser útil para remover sangue aderido à pele adjacente.


OBSERVAÇÕES:


- Qualquer procedimento deverá ser procedido de orientação bem como observada a privacidade do indivíduo, através da utilização de biombos ou cortinas.


A coleta de urina para exame bacteriológico é um procedimento fundamental para o diagnóstico adequado.


QUAIS AS ALTERNATIVAS PARA EVITAR O CATETERISMO QUANDO O PACIENTE NÃO CONSEGUE URINAR, OU AS MEDIDAS GERAIS PARA ESTÍMULO DA MICÇÃO?


Estímulo: pressão sobre a bexiga, som de água correndo, sentar sobre a comadre ou vaso sanitário com água morna, escorrer água morna sobre a região supra púbica., utilizar absorventes.


QUE OUTRA ALTERNATIVA É CONHECIDA PARA PACIENTES INCONTINENTES?


A colocação de um papagaio têm sido vista em nosso meio e solicitada por alguns pacientes masculinos após já a terem utilizado. Esta técnica não está descrita na literatura e merece estudos a respeito. É difícil dizer quando, de que forma e com que objetivo surgiu esta idéia. No entanto, aparentemente pacientes incontinentes solicitam a permanecerem com o papagaio para maior “conforto”. Provávelmente, a alternativa é possível durante algum tempo, quando a prioridade na hospitalização pode ser não molhar roupas de cama e/ou o paciente está cansado e deseja evitar tantas cateterizações. Pode também não desejar manter cateter ou “condom”. Este “conforto”pode ser relativo e temporário já que pode afetar a auto estima e limita mais a movimentação que outros métodos. Racionalmente parece que este tipo de procedimento envolveria um risco de infecção que poderia ser semelhante ao de perineais do ponto de vista de infecção. A vantagem é que o risco de dermatite amoniacal seria menor. Existe, todavia, o aspecto da higiene do recipiente que recebe a urina. Os recipentes metálicos são de difícil limpeza e acabam ficando incrustrados, principalmente nos locais soldados. Estes pontos são locais excelentes para desenvolvimento de microorganismos o que sugere risco nesta situação à semelhança. Os plásticos ou de vidro podem ser preferíveis já que a sujidade é mais fácil de visualizar. Apenas escovar com água e sabão não é suficiente para retirar a sujidade de papagaios. Uma forma de higiene eficiente, é utilizar solução desencrostrante. No caso de recipientes metálicos muito encrustrados pode ser necessário o uso de soda cáustica. O uso deste produto envolve risco para os profissionais por ser muito tóxico.


Independentemente dos tipos de higienização há necessidade de melhor avaliação desta alternativa.


COLETA DE URINA


Coleta em crianças


Coleta de urina em paciente cateterizado




QUAIS OS MÉTODOS PARA COLETA DE URINA PARA CULTURA?


A urina pode ser coletada por Jato médio, por bolsa coletadora esterilizada, Punção supra pubica (PSB), aspiração de cateter de drenagem


Um dos pontos mais importantes a ser cuidado na técnica da coleta por jato médio é colher a urina sem que a pessoa pare de urinar, ou seja, com o jato constante. Mesmo que a mão fique molhada de urina se deve colocar o frasco para recolher a urina após o jato ter iniciado e retirar antes de terminar. Inicialmente deve ser feita higiene do meato uretral com água e sabão. Não há necessidade de usar solução antisséptica. No caso de homens retrair o prepúcio. Em se tratando de mulheres, afastar os grandes lábios para evitar a contaminação. Deve ser dada preferência à coleta da primeira urina da manhã. Sempre que for coletada urina de um paciente o profissional deverá utilizar luvas para proteção, retirando-as imediatamente após o procedimento.


A coleta em crianças pequenas é feita de duas maneiras: uma por punção supra púbica e a outra por bolsa coletora.


COMO DEVE SER FEITA A COLETA DE URINA DE PACIENTE CATETERIZADO?


- realizar a desinfecção do local do cateter com algodão com álcool. Alguns sistemas de drenagem possuem local próprio para a coleta. Jamais desconectar a bolsa de drenagem, do cateter.


- aspirar com seringa estéril a urina para EQU (exames quantitativo e qualitativo de urina) ou urocultura do ponto mais distal do cateter e enviar ao laboratório na própria seringa. A agulha deverá ser do menor diâmetro possível. Se não houver retorno de urina, fechar o ponto mais distal do cateter por alguns minutos e proceder à aspiração. Cuidar para não perfurar a via do balonete.


QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS TÉCNICAS DE COLETA DE URINA EM CRIANÇAS?


A bolsa coletora embora seja a técnica mais utilizada em crianças, tem mais valor para o resultado do exame laboratorial quando é negativo pois quando é positivo pode ser falso positivo já que a bolsa contamina facilmente com microorganismos da região perineal. Portanto, quando a coleta for deste tipo o cuidado deve ser o maior possível em termos de higienização já que se espera um resultado negativo. O saco coletor deve ser trocado no mínimo a cada trinta minutos. Se o resultado do bacteriológico for positivo é muito provável que seja necessário coletar urina por punção supra púbica (PSP).


A PSP é um procedimento cujo risco poderia ser comparado ao de uma punção venosa já que são muito semelhantes. O principal problema relacionado a esta técnica é a dor e o efeito psicológico na criança e familiares da necessidade de introdução de uma agulha. Se for seguida a técnica asséptica inexistem outros riscos quando a punção for feita por profissional experiente. O médico é responsável pelo procedimento. A técnica consiste na antissepsia da pele ao nível da bexiga e posterior introdução da agulha fina esterilizada e aspiração de urina através de seringa também esterilizada. A urina poderá ser enviada ao laboratório na própria seringa com a agulhas devidamente protegida por sua tampa esterilizada. Caso não seja possível (seringa não descartável) colocar a urina em frasco estéril, identificar e enviar ao laboratório.


Quando coletar urina para cultura de pacientes cateterizados?


Sempre que for realizada a primeira sondagem vesical, deverá ser coletada urina.


De preferência, coletar antes de iníciar uso de antibiótico. Caso já esteja utilizando antibiótico, deve constar no pedido de exame.


QUAIS OS MICROORGANISMOS ASSOCIADOS ÀS INFECÇÕES URINÁRIAS?


Os microorganismos mais frequentemente associados a este tipo de infecções são: Escherichia coli (principalmente nas infecções comunitárias), Klebsiela pneumoniae, Enterobacter cloacae, Proteus mirabillis, Pseudomonas aeruginosa, Serratia marscecens (Gram negativos geralmente oriundos de fontes úmidas ambientais e/ou transmitidas pelas mãos), Candida albicans, Staphylococcus aureus. A maioria das infecções urinárias por Gram positivos, que não enterococos, são de curta duração comparadas aquelas causadas por Gram negativos.


QUAIS OS TIPOS DE SISTEMAS DE DRENAGEM DE URINA E QUAIS OS PROBLEMAS ASSOCIADOS?


Os sistemas de drenagem de urina para pacientes sondados ou cateterizado podem ser de dois tipos: aberto ou fechado. O sistema aberto consiste em um tubo de drenagem conectado a sonda em uma extremidade e na outra um frasco plástico ou de vidro. A conexão entre o tubo de drenagem e o frasco deve ser aberta para ser esvaziado ou trocado sempre que estiver cheio. Este tipo de sistemas tem como conseqüência infecção urinária em 100% dos casos.


O sistema fechado consiste em um tubo de drenagem que será conectado ao cateter urinário em uma das extremidades. Na outra ponta está conectada uma bolsa (conectada no momento da sua fabricação sendo que o conjunto é esterilizado por inteiro).Na extremidade mais distal da bolsa existe um “clamp” que permite esvaziar a bolsa quando necessário, sem abertura do sistema . Entre a extremidade mais distal do tubo e a bolsa coletadora existe uma válvula anti-refluxo que impede que a urina retorne a bexiga quando a bolsa for movimentada. Algumas bolsas de drenagem já vêm préviamente conectadas ao cateter vesical.


QUE TIPO DE SISTEMA DE LAVAGEM VESICAL DEVE SER UTILIZADO APÓS CIRURGIAS DO APARELHO URINÁRIO?


Do ponto de vista de controle de infecção é recomendado o sistema de irrigação contínua[1] através de cateter de tres vias, evitando assim a probabilidade de manipulação. No entanto, alguns urologistas argumentam que há necessidade de pressão através de seringa manual para liberar os coágulos aderidos à parede da bexiga e que também seriam predisponentes à infecção. Há necessidade de maiores estudos sobre este ponto.


QUAIS AS COMPLICAÇÕES DECORRENTES DO CATETERISMO VESICAL?


A maioria dos pacientescom bacteriúria associada a longo tempo cateterismo é assintomática [21] . No entanto ocorrem complicações que podem ser divididas em duas categorias: a) infecções urinárias sintomáticas mais observadas em cateterizações por pequeno número de dias, que podem incluir febre, pielonefrite aguda e bacteriemia e alguns casos podem chegar à morte. b) infecções urinárias associadas a cateterização de longa permanência que incluem obstrução do cateter, cálculos urinários, infecções periurinárias localizadas (fístula uretral, epididimite, abscesso escrotal, prostatite, abscesso prostático), inflamações renais crônicas, insuficiência renal e após muitos anos, câncer de bexiga.


Febre associada a cateterização de longa permanencia é de 1 por 100 dias de cateter. No entanto o trato urinário é fonte de dois terços dos episódios de febre identificados em pacientes com cateter de longa permanência. Pielonefrite, bacteriemia e morte podem ser complicações associadas a este tipo de cateterização.


Alguns pacientes têm maior tendência que outros de apresentar obstrução de cateter repetidamente. Proteus mirabillis foi associado com obstrução provavelmente pela urease que hidroliza uréia e amônia, aumentando o pH e causando cristalização de alguns componentes no lumen do cateter. Embora algumas obstruções sejam associadas ao início de febre, a maioria não é, possívelmente pela retirada imediata do cateter após precoce identificação do sistema obstruído.


QUAL A FREQUÊNCIA DE TROCA NECESSÁRIA PARA SISTEMA DE DRENAGEM DE URINA?


O ideal é não trocar o cateter nem o sistema de drenagem fechado e retirá-los o mais precocemente possível. Sempre que houver suspeita de que o cateter está associado a infecção deverá ser trocado. No entanto, esta associação deverá ser feita cuidadosamente, pois em muitas situações, por falta de urocultura prévia, um paciente com infecção urinária antes de ser cateterizado terá seu cateter associado a infecção sem que seja efetivamente a causa.


Embora não seja recomendada a troca dos cateteres em intervalos fixos, se o paciente apresenta depósitos muito evidentes, pode ser necessária a troca de todo o sistema.


Muitas vezes as incrustrações podem ser causa do enrijecimento do balonete, o que torna difícil a retirada da sonda. Quando ocorrer o enrijecimento do balonete, sua retirada deverá ser feita com acompanhamento radiológico. Não deve ser cortada a via do cateter no intuito de desinflá-lo.


Os cateteres vesicais devem ser retirados tão cedo quanto possível.


Só trocar o sistema de drenagem fechado quando for necessária a troca do cateter vesical.


Não esvaziar regularmente o frasco de drenagem. Esvaziar apenas no momento da troca. No caso de controle de diurese rígida, como em alguns casos em Terapia Intensiva, poderá ser esvaziado a cada 6 horas ou até com maior frequência se necessário. Existem sistemas fechados com vasos comunicantes que permitem que seja medida a urina sem que haja necessidade de abrir o sistema antes de estar cheio.


O sistema de drenagem aberto deve ser retirado apenas quando necessário esvaziar a bolsa, provavelmente não será mais necessária a manutenção do cateter. Caso contrário, deveria ter sido instalado o sistema fechado.


Para pacientes com cirurgias urológicas, não há previsão de troca do sistema aberto. É racional supor que será trocado no mínimo uma vez por dia.


QUAIS OS TAMANHOS DE BALONETES E OUTRAS CARACTERÍSITCAS QUE DEVEM SER PREFERIDOS EM CATETERES VESICAIS?


Quanto maior o balonete, maior a quantidade de urina residual, aumentando a probabilidade de infecções. Cateteres com balonetes maiores do que 10 ml, de 30 ml por exemplo, devem ser reservados para situações com indicação específica como é o caso de algumas cirurgias, ou mulheres com rompimento da musculatura pélvica. No caso do balonete maior ser necessário, manter o cateter por curto período de tempo. Cateteres com balonetes maiores podem irritar o trígono da bexiga além de causar desconforto.


O balonete deve ser inflado com solução fisiológia ou água destilada estéril.


Compra ou escolha: A localização e tamanho do orifício de drenagem deve ser considerado para a escolha do cateter. O orifíco na extremidade do cateter deve ser semelhante ao do canal de drenagem. Sendo muito grande pode fragilizar o cateter e ser mais difícil a passagem, além de funcionar como funil deixando passar coágulos grande, causando obstrução da sonda. Sendo muito pequeno, há maior possibilidade de obstrução do orifício do cateter.


Se a ponta do cateter é muito longa pode ser mais um fator irritante do trígono da bexiga. Se for muito curta, o orifício pode ser obstruído pelo balonete. Cateteres com o orifício próximo da ponta são úteis na remoção de coágulos e fibrina. Cateteres com um orifício acima e outro abaixo do balonete, diminui a quantidade de urina residual.


QUAIS OS CUIDADOS RELACIONADOS À CATETERIZAÇÃO INTERMITENTE?


Deve ser avaliada a possibilidade de que os pacientes que realizam auto-sondagem em casa, realizem-na também enquanto hospitalizados.


Embora importante para o estímulo do auto-cuidado, a auto-sondagem no hospital deve ser feita com maiores cuidados, já que há maior probabilidade de contato com microrganismos hospitalares. A enfermeira deve discutir com o paciente sobre a questão e avaliar as condições de auto-sondagem segura no hospital.


QUAL O VALOR DA IRRIGAÇÃO DE SOLUÇÕES GERMICIDAS NA BEXIGA E DO CATETER IMPREGNADO DE PRATA?


Os estudos realizados a respeito da irrigação são conflitivos e cateter impregnado de prata necessita de maiores estudos a respeito.


QUANDO A URINA INFECTADA PODE SER FATOR DE RISCO PARA CIRURGIA DO TRATO URINÁRIO?


Alguns autores têm recomendado o tratamento da urina antes de cirurgias eletivas de próstata pois encontraram maior associação entre infecções pós operatórias em pacientes com infecção urinária do que em pacientes sem infecção urinária [24] [25].
Fonte:http://www.cih.com.br/infecurin.htm

quinta-feira, 17 de maio de 2012

hoenagem ao doador do filho de Carlos Martins

Anjo sem nome mandado por deus.
Apareceu, para num gesto simples mas muito importantate,
devolver um sorriso perdido,
na imença angustia de não terem a certeza se poderiram ver se filho crescer.
Anjo que de nome tem DOADOR DE MEDULA OSSEA parace palavras insignificante, para quem não tem interece em saber o quanto é importante ser DOADOR DE MEDULA OSSEA.
Por isso este blog agradece em seu nome a este Anjo DOADOR DE MEDULA OSSEA pelo sua davida e deseja que deus só lje reserve coisas boas para ele/a, e sua familia.
Este desejo estende-se a todos os DOADORES SEIJA QUAL FOR A DOAÇÃO.


UM MUITO OBRIGADA.
POR NÓS PORTUGUÊS PODERMOS VER DE NOVO O LINDO SORRISO NA FOTO ACIMA
Atenção esta publicação é só da minha autoria desde já informo que retirei a foto do jornal publico peço desculpa ao fotografo e ao jornal se sentirem lesados de alguma maneira

hemodialise e excercio

Olá a todos os visitantes este video e muito comprido até ao assunto mas valr apena ver pois a matéria e boa, vale a pena ver.

Talassemia

O termo talassemia engloba uma série de patologias anémicas resultantes de um defeito genético hereditário responsável por uma insuficiência na síntese das globinas, as cadeias proteicas constituintes da hemoglobina. Embora as globinas sejam normais, a sua produção é inferior ao normal ou praticamente nula: como resultado, além de se elaborar uma menor quantidade de hemoglobina, muitos dos glóbulos vermelhos são frágeis, o que propicia a sua prematura destruição (hemólise). É possível distinguir vários tipos de talassemia, conforme esteja afectada a produção das diversas globinas que integram a estrutura da hemoglobina, em especial a elaboração das globinas beta e alfa que constituem a hemoglobina A.


A forma mais comum da patologia, embora pouco frequente, é a betatalassemia, correspondente a um défice na síntese da globina beta provocado por uma insuficiência no gene que regula a sua produção, nomeadamente no cromossoma 11. A doença transmite-se através de um mecanismo de hereditariedade recessiva, por isso, os seus efeitos variam bastante consoante se receba o gene defeituoso de um único progenitor ou de ambos. No primeiro caso, fala-se de beta-talassemia minor.


Por outro lado, caso se herde o gene defeituoso de ambos os progenitores produz-se uma beta-talassemia major, muito mais grave: a elaboração de hemoglobina é tão reduzida que provoca uma anemia de tal intensidade que pode colocar a vida em perigo, caso não se proceda ao seu devido tratamento.


Um outro tipo de patologia, embora menos frequente, é a alfa-talassemia, correspondente a um defeito na síntese da globina alfa por uma anomalia no gene responsável pela sua produção. Também é possível distinguir variantes da doença de acordo com o método de transmissão hereditária, embora a forma mais grave possa provocar a morte do feto antes do seu nascimento.


Evolução


A beta-talassemia minor não se costuma manifestar ou, então, apenas gera sintomas anémicos; na verdade, o único perigo desta variedade da patologia é a possível transmissão do gene defeituoso à criança.


A beta-talassemia major provoca, logo após o nascimento, normalmente antes dos seis meses de vida, os sintomas habituais de qualquer anemia. Além da clássica debilidade e fadiga, com o aumento da frequência cardíaca e um certo grau de dificuldade respiratória, manifesta-se a coloração amarela da pele (icterícia). A anemia costuma ser acompanhada por um aumento de tamanho do baço e também por alterações nos ossos, provocadas pelo exagerado crescimento da medula óssea no seu interior numa tentativa de compensar o defeito. Caso não se proceda ao devido tratamento, através de transfusões periódicas de glóbulos vermelhos, a morte é inevitável. Esta contínua terapia ao longo da infância, que também pode passar pela extracção do baço, permite o crescimento normal da criança.
Fonte:http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=153

Pedido de ajuda de uma visitante deste blog

Olá boa tarde
A todos os que visitam este blog de poderem ajudar esta visitante pode deixar comentário neste blog que eu publico, antenção todas as informações que possam dar e das respossaveis que deixarem em cometário, eu apenas publico sempre que for que não for da minha autoria eu anexo o comentário.
Já agora peço a que deixou o comentário abaixo explique a que analise pretenssem os resultados deixados pela mesma, para que seja mais facil ajudar, um conselho fale com os seus médicos tanto o obstreta como o neforlogista.

oi boa tarde! estou gravida,e sofro dos rins,fiz um exame e hoje recebi o resultado,alguem me pode dizer se é grave este resultado 14,4 mg/l 127,4 umol/l
Por Anónimo em Uréia e creatinina – Avaliando a função renal veri... em 16-05-2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

Homenagema ao cantor Leonardo


Estou fazendo esta homenagem ao Leonardo pois ele merece como pode ver no video acima publicado ,

Leonardo é uma força da natureza pois só a força da natureza consiguia passar por todas as provações que tem passado se deixar de lado os seus fã, ele é muito humano não pessa só na dor dele de pai mas tam bem das pessoas que segue a sua carreira e a do Pedro e Tiago.

Podia fazer como parte de todo munda isolare-se do mundo mediatico e estar só em familia de sangue mas não o seu coração humado sabe que para além da familia de sangue ele tem a familia que o segue atravez das lindas musicas que canta tam bem, e por ser um ser humado maravilhoso que tem muitos fãs não só no Brasil dexo saber que aqui em Portugal tem  muitos fã da dulpa sertaneija leandro e leonardo infelismente o corpo fisico não está entre nós mas de certeza que ele que ele acompanha o leonardo para onde quer que ele vá.

Leonardo obrigado por esistires, Obrigada aos pais do Leonardo por terem uma familia tam bonita e olhe que só conheço da tv ou da internet e da musica é claro são seres humanos maravilhoso.
Com carinho Fátima

Força Doutor Veira da Rocha

Venho por este meio manifestar todo o meu apoiu ao doutor Veira da Rocha neste momento tam dificil da sua vida.

Conheci o Doutor Vieira da Rocha no hopital de Abrantes onde trabalha, sincero e simpatico para com os seus doentes e familiares, tem uma praticulidade um importante andes de dar qualquer diagnostico ao doente tenta preceber o estado emocional do doente, seu porque o doutor cuidou do meu cunhado até ao seu ultimo dia de vida e vi sempre o carinho como cuidava dele e do carinho com que meu conhado falava de ele tinha muita confiança no doutor Vieira da Rocha como eu tenho, nunca ouvi uma só pessoa a falar mal do doutor Vieira da Rocha pelo contrario.

Doutora você que sabou ou tentou salvar muitas vidas mmerece esta minha pequena homenagem e toda a minha força para que fique bom logo e possa esta bem junto há sua faimila com muita alagria e amor para dar, meu conhado na sobriveu  ao cancro chegou já tarde de mais as suas mãos mas a qualidade de vida que o doutor lhe deu fez com que os ultimos meses de vida fossem com muito amora e carinho tanto da nossa(familia) como da parte de todos os funcionarioa do hosptital de Abrantes, agradeço-lhe por não o ter deixado partir sozinho pois seu que quando ele partiu estávam lá parte da sua equipa e isso e muito bom de saber saber que nos familia não estavamos lá mas que estava alguem com ele.

Obrigada por ser quem é, eu estarei a pedir a deus por si FORÇA você vai conceguir.
Com Carinho Fátima

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Força Pedro Leonardo

Este blog, teve conhecimento do acindente do Pedro filho do cantor sertanejo Leonardo ontem dia 06-05-2012.
Sendo toda a familia adimira e respeitada pela criadora deste blog (ou seija eu) venho pedir a que rezem para que o Pedro fique bom logo pois ele e toda a sua familia merecem as nossas orações. aqui deixo um video para criar uma corrente de força para que o Pedro se recuper rapido.
As melhoras Pedro desta tua fã.

terça-feira, 1 de maio de 2012

homenagem a Angélico Vieira apôs um ano do seu falecimento

Simples mente Angélico Vieira
Recorda-lo com a pessoa que mais gostava e a mais importante sua mãe
Eterno descanso
Nos cá vamos te recordado ao ouvir e cantar tuas musicas

Homenagem ao Beto dois anoa do seu facilimento

Eternamete Beto
Esta sempre no nosso coração